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Santarém Eleições 2026

Opinião: A cabeça do eleitor santareno e as eleições de 2026

Nesse período o eleitor senso comum ainda não está preocupado com a eleição, isto é, não está no seu cardápio diário

06/07/2025 10h36 Atualizada há 2 semanas
Por: Iromar Cardoso
Opinião: A cabeça do eleitor santareno e as eleições de 2026

REDAÇÃO: DESTAK PUBLICIDADE E MARKETING

Ainda faltam 16 meses para as eleições gerais de outubro de 2026. Sabe-se que é nesse período que as forças políticas começam a se engendrar em cada município em volta de atores políticos que podem representar essas forças, tanto para os cargos majoritários (presidente, governador e senador) quanto para os legislativos (câmara feral e assembleia legislativa). Nesse período o eleitor senso comum ainda não está preocupado com a eleição, isto é, não está no seu cardápio diário. No entanto, esse mesmo eleitor especula em relação às eleições quando é provocado. As pesquisas de opinião medem essa intenção na mente do eleitor: sem estimulação e com estimulação de nomes. Quando é sem estimulação o nível de indefinição é muito alto, chegando a 90%. Agora, quando se estimula, esse índice reduz-se consideravelmente.

A Destak tem medido sistematicamente essa intenção na mente do eleitor. Recentemente o Instituto publicou mais uma pesquisa para medir o comportamento do eleitor santareno sobre os pré-candidatos que estão se apresentando para presidente da república, senador, governador e deputados estaduais e federais.

No âmbito nacional existem duas grandes forças políticas que se digladiam: uma liderada pelo atual presidente, Lula; e a outra pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro. A primeira representa a força da esquerda e a segunda da direita. Lula, até então, é candidato à reeleição. Bolsonaro é um nome forte no processo, mas está inelegível. No entanto, como não existe ainda um nome escolhido que represente a direita para presidente, incluímos sempre o nome de Jair Bolsonaro para medirmos o peso que tem a direita no local que está sendo aplicada a pesquisa.

Em Santarém, pelos dados da pesquisa Destak, Bolsonaro aparece na frente com um percentual de 35%. O atual presidente, Lula, ficaria com 21%. Como se percebe a disputa está polarizada. Os demais pré-candidatos aparecem com ínfimos percentuais de intenção de voto. Portanto, a cabeça do eleitor santareno nesse momento, tende no rumo de posicionamento de candidatos da direita.

 Quando trazemos essa disputa para o Pará, sob o olhar do eleitor santareno, percebemos, também, uma polarização entre a candidata indicada pelo governador, Hana (MDB), e o candidato Dr. Daniel (PSB). No entanto, temos um elemento a ser analisado nessa disputa: é da direita representada pela figura de Eder Mauro. Eder Mauro, deputado federal do PL, é oposição ferrenha a Helder. Dr. Daniel, oposição, também, a Helder, mas sem um posicionamento direto à direita. Também não tem história de esquerda, apesar de estar num partido, PSB, aliado ao Lula. Dr. Daniel mantém uma certa centralidade, flertando tanto na esquerda quanto na direita. Nesse contexto podemos afirmar que a disputa no Pará será entre aqueles que são contrários ao continuísmo do barbalhismo e os que são a favor desse continuísmo.

Os números da pesquisa mostram a liderança desse bloco contrário aos barbalhos. Ao somarmos os índices de Daniel, 19,1% mais os de Eder Mauro, 15,0%, totalizaremos 34,1% contra 17,9% da candidata barbalhista, Hana Ghassan.

 Ao analisarmos os pretendentes às duas vagas para o senado, nos deparamos, também, com uma polarização de blocos políticos; cada partido ou federação vão lançar uma chapa composta por dois candidatos. Do lado do MDB está se configurando a chapa Helder Barbalho e o deputado Chicão. Do lado da direita, configurado no PL, está se desenhando Eder Mauro e Mário Couto. Pelos dados da pesquisa Destak, essa disputa vai ser bastante acirrada. De um lado, Helder aparece bem posicionado; do outro lado, tanto Eder Mauro quanto Mário Couto, também, estão bem posicionados no campo da disputa.

No âmbito da eleição proporcional (deputados federais e estaduais), o campo de disputa está muito fragmentado. Ainda são poucos os nomes que se apresentam para o pleito. Os que detém cargos são os que tem maiores visibilidades. E sua grande maioria vem para a reeleição. Portanto, numa pesquisa nesse momento, são os que mais aparecem na mente do eleitor. Tanto que para deputado federal, o santareno Henderson Pinto, é o que mais se destaca, tendo ao seu encalce, Adriana Almeida, que já é conhecida por ter sido vereadora em Santarém. Além dela, outros nomes que aparecem na mente do eleitor santareno são de conhecidos: Priante, Chapadinha, Biga, Júnior Ferrari, Xarope do Povo, Airton Faleiro, Isabel Sales, Malaquias. Para cargos a deputado estadual, não é diferente na mente do eleitor santareno. Os nomes que mais se destacam são de JK do Povão (candidato que foi pro segundo turno na eleição para prefeito de 2024), Maria do Carmo, Nélio Aguiar, João Pingarilho, Angelo Ferrari, Torrinho, Júnior Tapajós, Josué Paiva, Erlon Rocha, Hilton Aguiar.

A RELAÇÃO DO ELEITOR COM PREFEITO, GOVERNADOR E PRESIDENTE

As questões analisadas de cunho eleitoral têm alguma relação com a avaliação que o eleitor faz da gestão do prefeito, do governador e do presidente da república? Evidentemente que sim. O prefeito no cargo tende a apoiar um candidato ao governo estadual, senador, deputado estadual e federal e a presidente. Esse apoio pode ser positivo ou negativo. Vai depender sobremaneira como esse prefeito está posicionado na mente do eleitor. Em Santarém, o prefeito José Maria Tapajós (MDB) está com uma aprovação de 48%, enquanto sua desaprovação chega a 35%. Não é um ambiente confortável para Zé Maria. Mas, há indicativos de que ele pode melhorar seu desempenho frente à opinião pública santarena antes do pleito de 2026.

A avaliação do governo de Helder Barbalho em Santarém não é tão diferente da do prefeito, afinal de contas os dois são aliados, são do mesmo partido. Helder é aprovado por 51% dos eleitores santarenos, enquanto sua desaprovação é de 37%. Demonstra, também, que Helder não está tão confortável no apoio a seus candidatos em Santarém.

Quando se trata da aprovação e desaprovação do governo do presidente Lula, o quadro muda consideravelmente. Em Santarém, o governo de Lula é desaprovado por 57% dos eleitores, enquanto sua aprovação é de apenas 32%. Isso significa que aqueles que se encostarem em Lula poderão ter dificuldades de conquistar votos para os cargos que vão ser pleiteados.

Como se percebe a relação do eleitor com o prefeito, governador e presidente tem marcado sua decisão política no processo eleitoral. Elas estão conectadas em todas as esferas: municipal, estadual e federal.

A cabeça do eleitor santareno em relação às eleições de 2026 está, ainda, no campo da especulação. Especular faz parte do processo eleitoral. É o início da construção do conhecimento sobre o pleito eleitoral e suas disputas entranhadas nos mais variados municípios paraenses. O jogo só está, ainda, no aquecimento e nas contratações de forças para o elenco que está sendo formado.

 

 

 

 

 

 

 

 

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